Há muitos Magalhães sem utilização nas escolas

Há muitos Magalhães sem utilização nas escolas

Dois anos após a suspensão do programa do Magalhães, ou melhor, do e.escolinhas, que foi concebido para distribuir os portáteis aos alunos do 1º ciclo, ainda existem, por contas do Ministério da Educação e Ciência, 3435 portáteis por levantar nas escolas.

Os mais de três milhares de Magalhães, dizem respeito a inscrições para a obtenção do mesmo, que depois não se concretizaram em compra pelos pais e encarregados de educação das crianças que os poderiam subscrever.

Segundo o Público refere, uma grande parte, (não concretizável por fonte do Ministério), destes Magalhães sem uso, será cedida às escolas para sustentarem atividades pedagógicas em sala de aula.

Problemático é que, segundo o artigo do mesmo jornal, que refere fontes de algumas escolas, seja pouco habitual, professores e alunos utilizarem os Magalhães que existem nas escolas.

Segundo vários responsáveis escolares, são raras as vezes em que os professores decidem usá-los na sala de aula, e não o fazem por razões várias.

Uma delas é a ausência de acesso à Internet, veja-se o caso do Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto, em Cinfães do Douro, que tem 34 turmas do 1º ciclo e onde existem 50 portáteis que raramente são requisitados porque não existe rede wireless nas escolas.

Mas a ausência de utilização também se verifica nas escolas com acesso à internet.

Seremos nós assim tão sofisticados que o Magalhães seja um objeto obsoleto e imprestável para as nossas crianças?

Estaremos num estádio civilizacional tão superior a outros locais do mundo, que as nossas crianças já não têm qualquer serventia em utilizar computadores que continuam a ser comprados para o Médio Oriente, para o México, Panamá, Argentina, e até para equiparem a Polícia Britânica.

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